Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Conheça mais sobre a Síndrome do Pânico



Fernanda Fernandes Borges



Um mal estar súbito, taquicardia e falta de ar. De acordo, com relatos de quem já teve esses sintomas, a impressão é de que se está morrendo. Muitas pessoas acham que estão tendo um enfarto e se dirigem ás emergências dos hospitais. No entanto, na grande maioria das vezes elas estão tendo uma crise de pânico.

A Síndrome do Pânico é uma ansiedade aguda e grave. Não há motivos externos para a sua manifestação. É ocasionada por uma descarga de noradrenalina (neurotransmissor do sistema nervoso) pelo cérebro. As crises decorrentes dessa síndrome não têm hora e nem lugar para ocorrem. Podem acontecer com a pessoa dormindo, no trabalho, no lazer ou em alguma reunião.

                                                            Foto: Fernanda Fernandes Borges

Uma crise da Síndrome do Pânico pode acontecer em qualquer hora ou lugar

 

Os fatores que desencadeiam esse tipo de transtorno podem ser genéticos, biológicos ou psicossociais. Cerca de 40% dos filhos que têm pais que já tiveram ou têm a síndrome, provavelmente  vão ter a doença.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) de 3% a 4% da população mundial tem transtornos de pânico. A incidência entre as mulheres é maior, correspondendo a 75% dos casos, principalmente na faixa dos 20 aos 35 anos.

A pessoa que passa por uma crise tem sintomas psicológicos e físicos.

 

Os sintomas psicológicos são: sensação de que vai morrer,  o indivíduo pensa que está “maluco”, medos infundados e ansiedade demasiada.

 

Os principais sintomas físicos são:

 

- Dispneia (dificuldade para respirar);

- Sensação de sufocação e de asfixia;

- Vertigem, desmaio;

- Palpitações e tremores;

- Ondas de calor ou de frio;

- Desconforto abdominal;

- Sudorese;

- Náuseas;

- Dormência e formigamento nas mãos, no rosto e nos pés;

- Sensação de que a garganta está fechando e dificuldade para engolir;

 

Geralmente, as crises duram de 10 a 20 minutos. Porém, há sintomas que persistem por mais de 1 hora. Não há periodicidade para as crises.  

O mais aconselhável é procurar um médico que indicará exames. Após os resultados, ele pode chegar á conclusão de que se a pessoa não tem nenhuma doença, ela sofre da Síndrome do Pânico.

Quem pode diagnosticar com precisão é o psiquiatra. A partir desse resultado, ele pode indicar o tratamento com medicamentos e com psicoterapia. A Síndrome do Pânico tem cura, mas o tempo de tratamento pode ser diferente para cada paciente.

 

O que fazer se esse mal acometer você?

 

- Respire profundamente;

- Tenha consciência de que isso incomoda, mas passa;

- Mude  o foco da atenção dos sintomas incômodos, para algo agradável;

                       Foto: Fernanda Fernandes Borges

 Durante alguma crise, ocupar a mente com imagens agradáveis é uma solução

 

- Evite cafeína e álcool;


                 

- Não fique muito tempo sem comer;

- Não leia ou assista informações negativas;

 

A Síndrome do Pânico necessita de tratamento, pois se não for combatida pode desencadear depressão, hipocondria (mania de doenças), alcoolismo, agorafobia e até mesmo levar á pessoa ao suicídio.

A agorafobia é um medo de determinadas situações e lugares em que o indivíduo evitar sair de casa, devido a um temor exagerado de que algo lhe aconteça.



Foto: Fernanda Fernandes Borges

A agorafobia é o  medo de sair de casa e de determinadas situações






Observa-se um grande crescimento em crianças da Síndrome do Pânico. As cobranças escolares e o mundo competitivo deixam os pequenos,  cada vez mais ansiosos e propensos ás crises.

A modernidade trouxe avanços e muita tecnologia. No entanto, o cérebro humano nem sempre é capaz de lidar com tantas atividades, sem sofrer estresse e ficar sobrecarregado. Por isso, as pessoas devem ter consciência de seus limites físicos e emocionais.

Praticar atividades físicas e de relaxamento são ótimas oportunidades para aliviar a ansiedade e descansar a mente. O uso de drogas e álcool, apenas agrava o quadro de quem sofre com Síndrome do Pânico.

 

                                                                                            Foto: Fernanda Fernandes Borges

Deve-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas


                     

A busca por auxílio de profissionais capacitados é imprescindível para combater essa doença e se fortalecer diante dos desafios da vida. De nada adianta, ter uma carreira vitoriosa e bens materiais, se a pessoa não tiver a mente tranquila e desprovida de pressão que  pode atrapalhar  muito o seu cotidiano e até mesmo isolá-la do mundo externo.

 

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