Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Você tem o hábito de mentir? Saiba que isso pode ser uma doença


                                                                       Fernanda Fernandes Borges


É quase impossível, alguém nunca ter mentindo na vida. Quando a mentira é inofensiva e não é usada para prejudicar outra pessoa, pode ser compreendida. No entanto, o hábito de mentir com frequência, criar situações ilusórias e acreditar nelas,  é uma doença chamada mitomania ou pseudolelia.

No mundo, seria difícil conviver se não fossem as “mentiras sociais”. Um elogio para tentar levantar o astral de quem não se saiu bem em um teste; um incentivo para um sonho considerado utópico ou mesmo uma falsa aparência de que tudo está bem,  depois de uma discussão calorosa com algum amigo.

                                                                          Foto: Fernanda Fernandes Borges

Ás vezes as pessoas mentem para agradar os amigos

 

Ninguém consegue ser sincero o tempo todo. Quando se inventa que não estará em casa, para não receber aquela visita enfadonha é um exemplo de mentira contada, para ajustar uma determinada situação indesejada.

No entanto, ao contrário dos exemplos citados anteriormente, há mentirosos que fazem de sua vida uma existência repleta de fantasias, em  que eles  acreditam ser reais. O mentiroso compulsivo mente em diversas áreas da vida: pessoal,  profissional , afetiva e social.

                                                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

Se a pessoa tiver a doença de mentir, pode criar uma personalidade que não existe

 

Ao contar suas falsas histórias de modo repetitivo, pode-se considerá-lo um portador da mitomania. Esse tipo de pessoa se sente confortável e realizada ao criar uma vida paralela.

 

Como diferenciar uma mentira simples de uma mentira de um ser humano doente?

 

É simples. A pessoa que mente ocasionalmente, não tem resistência em admitir a verdade e se sente envergonhada quando é descoberta. Sua falta de verdade, geralmente não prejudica ninguém e nem é feita para ganhar algum tipo de vantagem.

Já o mitômano mente por compulsão e usa essa característica para obter vantagens em alguma situação. Quando é descoberto,  não fica constrangido. É insensível e não se preocupa com o mal que sua mentira pode causar ás demais pessoas. E nunca admite suas mentiras.

A pessoa que tem essa doença usa a mentira de forma consciente. Geralmente esse distúrbio pode estar relacionado a : baixa autoestima; histórico de conflitos familiares; necessidade de aceitação; inadequação ao mundo real; tentativa de obter proteção contra situações constrangedoras, dentre outros motivos.

O mitômano usa a falta de verdade para se consolar contra uma realidade negativa e hostil. Já a mentira contada esporadicamente, por uma pessoa normal, geralmente é para se conseguir algum objetivo simples, como exemplo: evitar um conflito desnecessário entre familiares.

Quem sofre desse transtorno deve procurar um psiquiatra. Através da terapia,  é possível detectar o que levou a pessoa a ter um comportamento tão irreal.

É sabido que a mentira tem pernas curtas. Por isso,  qualquer ser humano que se envereda por esse caminho e tenta prejudicar alguém, mais tarde é descoberto e com certeza pagará pelos seus atos. Não adianta pensar que seu mundo irreal o salvará, pois a realidade será bem mais dura, ao se deparar com ela.

Ninguém deve viver de ilusões. Enfrentar a vida real é mais fácil do que criar um universo paralelo que não vai propiciar crescimento e nem resolver nenhum trauma passado. Uma boa conversa com especialistas pode ser uma solução, para quem tem medo da vida como ela é.

                                                                       Foto: Fernanda Fernandes Borges

A pessoa deve ser sincera e não viver com máscaras que escondem uma vida irreal

 

Tentar justificar roubos ou outros crimes pela mitomania não é justo, porque geralmente esses bandidos agem de forma premeditada e nunca têm algum transtorno,  para gastar o dinheiro que ganham facilmente.

Quem mente deve refletir e tentar encarar a realidade por mais dura que seja. O ser humano deve compreender que não é uma falsa ostentação ou situação que o fará melhor ou pior que os demais. O seu caráter sim é que está em julgamento, quando se quer conviver bem na sociedade que despreza um perfil falso e maléfico.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário