Fernanda Fernandes Borges
A inflação oficial do Brasil medida pelo IPCA ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do ano de 2015, foi de 10,67%, superando o limite de 6,5%
definido pelo governo. Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), no dia 8 de janeiro de 2016.
Alguns economistas e instituições financeiras acreditavam
que a inflação seria de 10,78%. Porém, como a inflação do mês de dezembro
(2015) foi de 0,96%, ficando abaixo da registrada em novembro (2015) de 1,01%,
foi possível fechar o ano em 10,67%.
Quase a metade dos 373 itens pesquisados pelo IBGE para calcular o IPCA, encerraram o ano de 2015, com alta acima de 10%. O aumento das tarifas de eletricidade, da água e dos
transporte, além dos alimentos, foram
responsáveis pela alta expressiva da inflação, que em 2014 foi de 6,41%.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO reajuste no transporte público foi um dos responsáveis pela alta da inflação |
Desde o ano de 2002, quando a inflação foi de 12,53%, o índice de 2015 de 10,67%, foi o maior em 13 anos. O governo
estabeleceu como meta para os anos de
2015 e 2016, o valor de 4,5% que pode variar dois pontos percentuais para cima
ou para baixo, entre 2,5% e 6,5%, sendo 6,5% o valor máximo.
Devido á superação desse índice, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve divulgar uma carta aberta
ao Ministério da Fazenda, justificando o não cumprimento da meta.
O Índice de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere
ás famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, de dez regiões
metropolitanas, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
Confira os principais
itens que foram responsáveis pela alta da inflação 2015:
- Os alimentos e
bebidas subiram em média 12,03%;
Foto: Fernanda Fernandes BorgesNo ano passado, muitos alimentos subiram mais de 10% |
- Os transportes
tiveram uma elevação de 3,75% para 10,16%;
- O aumento dos
combustíveis foi de 21,43%, sendo que a gasolina subiu em média 20,10% e o
etanol 29,63%;
- A habitação subiu de
8,8% para 18,31%;
Foto: Fernanda Fernandes BorgesQuem paga algum tipo de aluguel sentiu no bolso a inflação |
- A energia elétrica
subiu cerca de 51%;
Algumas capitais registraram a inflação com
índice, acima do oficial: Curitiba foi o maior
do país, sendo 12,58% ; Fortaleza apresentou índice de 11,43% ; Porto Alegre 11,22% ; Goiânia 11,10% e a região Metropolitana de São Paulo
teve inflação de 11,11%.
A menor inflação do ano foi registrada na
capital mineira, Belo Horizonte que teve índice de 9,22%.
É terrível que o nosso país tenha registrado uma alta tão
grande nos preços de itens essenciais que oneraram bastante o bolso dos
trabalhadores, em 2015.
A energia elétrica teve aumentos absurdos em muitas
capitais e foi uma das grandes responsáveis pela inflação de 10,67% e até mesmo
pela superação desse índice oficial, como constatado em algumas capitais.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO alto valor da energia elétrica foi um dos vilões de 2015 |
O poder de compra do consumidor caiu muito no ano passado,
o que prejudicou bastante a economia
brasileira. A sensatez na hora de fazer contas e compras fez parte do
planejamento de muitos brasileiros que temiam e ainda temem pelo emprego, já
que o índice de pessoas sem trabalho cresceu bastante.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesAlguns brasileiros tentam se desfazer de imóveis devido ao elevado custo de vida |
A perspectiva de melhora ainda não é clara e por isso é
preciso ter muita cautela ao fazer qualquer dívida. É imprescindível pesquisar
com antecedência os locais que apresentam os melhores preços nos produtos
alimentícios e demais itens necessários.
Deve-se comprar apenas o indispensável, para tentar
driblar o aumento sucessivo dos produtos. É preciso paciência e competência de
nossas autoridades para reverter esse assombroso quadro de uma inflação de dois
dígitos.
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