Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

sábado, 30 de janeiro de 2016

Inflação de 2015 supera a meta estipulada pelo governo

Fernanda Fernandes Borges



A inflação oficial do Brasil medida pelo IPCA  ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do ano de 2015, foi de 10,67%, superando o limite de 6,5% definido pelo governo. Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),  no dia 8 de janeiro de 2016.

Alguns economistas e instituições financeiras acreditavam que a inflação seria de 10,78%. Porém, como a inflação do mês de dezembro (2015) foi de 0,96%, ficando abaixo da registrada em novembro (2015) de 1,01%, foi possível fechar o ano em 10,67%.

Quase a metade dos 373 itens pesquisados pelo IBGE para calcular o IPCA, encerraram o ano de 2015,  com alta acima de 10%. O aumento  das tarifas de eletricidade, da água e dos transporte, além dos alimentos,  foram responsáveis pela alta expressiva da inflação, que em 2014 foi de 6,41%.

                                                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

O reajuste no transporte público foi um dos responsáveis pela alta da inflação

 

Desde o ano de 2002,  quando a inflação foi de 12,53%, o índice de 2015 de 10,67%, foi o maior em 13 anos. O governo estabeleceu como meta  para os anos de 2015 e 2016, o valor de 4,5% que pode variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo, entre 2,5% e 6,5%, sendo 6,5% o valor máximo.

Devido á superação desse índice, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve divulgar uma carta aberta ao Ministério da Fazenda, justificando o não cumprimento da meta.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere ás famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, de dez regiões metropolitanas, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília.

 

Confira os principais itens que foram responsáveis pela alta da inflação 2015:

 

- Os alimentos e bebidas subiram em média 12,03%;

                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges

No ano passado, muitos alimentos subiram mais de 10%

 

 

- Os transportes tiveram uma elevação de 3,75% para 10,16%;

 

- O aumento dos combustíveis foi de 21,43%, sendo que a gasolina subiu em média 20,10% e o etanol 29,63%;

 

- A habitação subiu de 8,8% para 18,31%;

Foto: Fernanda Fernandes Borges


Quem paga algum tipo de aluguel sentiu no bolso a inflação


 

 

- A energia elétrica subiu cerca  de 51%;

 

Algumas capitais registraram a inflação com índice, acima do oficial: Curitiba foi o maior do país, sendo 12,58% ;   Fortaleza apresentou índice de 11,43% ;  Porto Alegre 11,22% ;  Goiânia 11,10%  e a região Metropolitana de São Paulo teve inflação de 11,11%.
 

A menor inflação do ano foi registrada na capital mineira, Belo Horizonte que teve índice de 9,22%.
 

É terrível que o nosso país tenha registrado uma alta tão grande nos preços de itens essenciais que oneraram bastante o bolso dos trabalhadores, em 2015.

A energia elétrica teve aumentos absurdos em muitas capitais e foi uma das grandes responsáveis pela inflação de 10,67% e até mesmo pela superação desse índice oficial, como constatado em algumas capitais.

                      Foto: Fernanda Fernandes Borges


O alto valor da energia elétrica foi um dos vilões de 2015

 

O poder de compra do consumidor caiu muito no ano passado,  o que prejudicou bastante a economia brasileira. A sensatez na hora de fazer contas e compras fez parte do planejamento de muitos brasileiros que temiam e ainda temem pelo emprego, já que o índice de pessoas sem trabalho cresceu bastante.


                     
                                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges


Alguns  brasileiros tentam se desfazer de imóveis devido ao elevado custo de vida

 
 
A perspectiva de melhora ainda não é clara e por isso é preciso ter muita cautela ao fazer qualquer dívida. É imprescindível pesquisar com antecedência os locais que apresentam os melhores preços nos produtos alimentícios e demais itens necessários.

Deve-se comprar apenas o indispensável, para tentar driblar o aumento sucessivo dos produtos. É preciso paciência e competência de nossas autoridades para reverter esse assombroso quadro de uma inflação de dois dígitos.

 

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