Fernanda Fernandes Borges
Desde o dia 1° de janeiro de 2016, o valor do salário
mínimo em nosso país é de R$ 880,00. Houve um reajuste de 11,6%, um aumento de
R$ 92,00, já que o anterior era de R$ 788,00. Segundo o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, cerca de 40 milhões de brasileiros
(trabalhadores e aposentados) recebem essa remuneração.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesMilhões de brasileiros recebem o salário mínimo |
O piso nacional vigora na maioria dos estados. No
entanto, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em alguns outros estados há uma
tabela própria em que há diferenciação do salário mínimo, no que se refere ao
valor e á função desempenhada.
O reajuste do salário mínimo nacional foi realizado de
acordo com a inflação verificada pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 10,97%, acumulada nos últimos
12 meses, anteriores ao aumento. Também foi considerada a variação do Produto
Interno Bruto (PIB) que é a soma de todas as riquezas do país, de dois anos
anteriores.
Essa fórmula de reajuste vem sendo feita desde 2003 e até
2019 deve ser realizada assim. É previsto um impacto de R$ 30,2 bilhões nas
contas públicas em 2016, devido ao aumento do salário mínimo.
Todos os pagamentos da Previdência Social seguirão
basicamente o reajuste de 11,6%. O teto salarial pago por essa instituição passará de R$ 4.463 para R$
5.203. Cerca de 21 milhões de aposentados, pensionistas urbanos e rurais e
outros trabalhadores recebem por meio da Previdência Social.
De acordo com o
Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
o salário mínimo ideal deveria ser R$
3.399,22, segundo uma verificação feita em novembro de 2015, levando-se em
contas as despesas com alimentação, vestuário, transporte, habitação, lazer, dentre outros gastos.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO salário ideal está longe da realidade |
O reajuste do salário mínimo foi superior ao planejado pelo
governo que pensou que o valor ficaria em torno de R$ 871,00. Apesar de não ser
o ideal para suprir os gastos de uma família, é indispensável na manutenção das
despesas básicas.
É ótimo se empenhar sempre para receber uma melhor
remuneração e lutar por melhores condições de trabalho. No entanto, é bom
conservar o emprego, mesmo que se ganhe menos do que se gostaria, porque há
milhões de desempregados em nosso país.
O salário mínimo ideal está bastante afastado da
realidade brasileira. O aumento verificado no início deste ano foi benéfico,
apesar de não suprir todas as necessidades de quem o recebe. Por isso, usar o
dinheiro de forma racional e ponderada é a melhor solução.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesÉ preciso saber equilibrar os gastos |
A pior constatação é saber que com a elevação do salário
tudo sobe de preço como: transportes, alimentos, impostos e vários serviços. O
aumento passa a ser praticamente nulo ao se lidar com os novos valores de itens
essenciais para a vida cotidiana.
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