Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Câmara gasta 1 milhão de reais por sessão noturna com horas extras



                                                            Fernanda Fernandes Borges



Parece mentira, mas é a dura realidade. Em Brasília, quando há sessão noturna no Plenário, cada servidor ganha R$ 400,00 por 2 horas extras. Cerca de 2.600 mil funcionários batem o ponto, mas só 500, geralmente ficam até o final.  Caso, a pessoa trabalhe mais de duas horas extras,  ela tem direito á folga, devido ao banco de horas.

Geralmente, as votações na Câmara têm início às 18 horas e seguem até o fim da noite. A carga horária dos funcionários da Câmara é de 8h ás 12h e de 14 h ás 19 h.  Desde fevereiro deste ano, já foram pagos R$ 1 milhão, em cada sessão noturna, devido ao pagamento de  horas extras a esses “dedicados trabalhadores”.

Trabalham na Câmara 4.667 servidores entre concursados e em cargos comissionados.  A Mesa Diretora estuda um modo de reduzir o pagamento desse benefício a esses exímios trabalhadores, nas sessões noturnas da Casa.

O autor desse levantamento é o deputado Beto Mansur (PRB – SP) que também deseja limitar esses pagamentos e propõe restrições tanto para os trabalhadores concursados quanto para os comissionados. Ele ressalta a necessidade de retirar o benefício de pelo menos 500 funcionários que segundo ele, são totalmente dispensáveis ao funcionamento das votações.
                                                                                                       Foto: Reprodução

Beto Mansur fez o levantamento que constatou os gastos exorbitantes com horas extras


As sessões noturnas, geralmente ocorrem ás terças e ás quartas. Se a cada semana, acontecer duas, no fim do mês, os gastos com horas extras chegam a  R$ 8 milhões.

O Presidente da Câmara, Eduardo Cunha quer reduzir em 50% os gastos com horas extras. No último dia 3, ele disse que está estudando juntamente com a Mesa Diretora, uma maneira de diminuir as despesas com o pagamento de horas excedentes, nas sessões noturnas.

Segundo Eduardo, pelo menos 80% dos servidores que recebem o pagamento, não continuam na Câmara, após ás 21 horas. O deputado considerou isso um “absurdo”.
                                                                             Foto: Marcelo Camargo / ABR

Eduardo cunha promete redução nos pagamentos das horas extras


Enquanto a maioria dos trabalhadores brasileiros ganham R$ 788,00 para sobreviver e sustentar sua família, os servidores da Câmara esbanjam nosso dinheiro, recebendo as horas extras, que nesse caso, são totalmente desnecessárias.

Por que não realizam as votações mais cedo? O ideal não é cortar de alguns funcionários, mas sim extinguir esse pagamento a qualquer um que seja, para que o trabalho aconteça no período normal e não exceda a carga horária.

É muita regalia ter o dia todo para se reunir e votar projetos e só começar a trabalhar efetivamente á noite, para tornar o processo dispendioso e pouco eficaz, já que ninguém mais está disposto a encarar o trabalho pesado, depois de passar um dia inteiro na Câmara.

O absurdo maior é a grande parte bater o ponto e não ficar até o final. Cadê a fiscalização do gasto do dinheiro público? O que esses deputados estão fazendo lá que não tomam uma atitude quanto a esse comportamento?

São perguntas, que com certeza não haverá respostas. Enquanto, o  Brasil tenta reequilibrar as contas públicas, com previsão de um déficit de R$ 30,5 bilhões para 2016, esses servidores ganham de modo fácil e nem trabalham.

Agora é o momento oportuno para os cidadãos cobrarem um mínimo de decoro dessas autoridades. Exigir que trabalhem mais e ganhem menos. Quem sabe assim, nosso país produza mais e tenha que arcar com menos despesas totalmente desnecessárias  e absurdas.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Governo apresenta orçamento para as contas públicas em 2016



                                 Fernanda Fernandes Borges



No dia 31 de agosto, o ministro da Fazenda Joaquim Levy e o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Nelson Barbosa apresentaram no Palácio do Planalto um orçamento com os gastos governamentais, para o ano que vem,  em que há um déficit de R$ 30,5 bilhões. Segundo Nelson Barbosa, o maior desafio fiscal do Brasil é controlar o orçamento dos gastos obrigatórios da União com a Previdência, a saúde e o funcionalismo público, dentre outros.

                  Foto: Fernanda Fernandes Borges


 É previsto um déficit de R$ 30,5 bilhões no orçamento de 2016




O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) projeta uma inflação de 5,4% para 2016. A inflação deve atingir a meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), apenas em 2017, de acordo com a proposta orçamentária.

É esperado que o PIB (Produto Interno Bruto) que é a soma dos bens e riquezas produzidas em um país cresça 0,2%, no ano que vem.

No mesmo dia da apresentação do Projeto de Lei do Orçamento Anual (PLOA), ele foi entregue ao presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB- AL) que considerou o resultado mais realista e menos fictício. Também foi levado até Renan,   o Plano Plurianual 2016 – 2019, que deve ser apresentado a cada início, de um novo mandato.

A presidente Dilma Roussef  enfatizou que o Governo Federal está sendo transparente ao apresentar pela primeira vez, um orçamento deficitário.

Esse planejamento agora passa por uma apreciação conjunta de deputados e senadores, através da Comissão Mista do Orçamento (CMO). Depois será votada pelo plenário do Congresso Nacional. Depois de aprovado, o texto que pode conter modificações, segue para a sanção da presidente. O orçamento deve ser aprovado até dezembro.

O governo deseja aumentar tributos e as vendas de participações acionárias, além de novas concessões para melhorar os resultados das contas públicas, previstos para 2016.

Impostos sobre smartphones, notebooks, vinhos e destilados e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) podem aumentar em até R$ 11,2 bilhões as arrecadações.

Através do processo de concessões e venda de imóveis e aperfeiçoamento e aumento da cobrança da dívida ativa da União, o governo espera receber R$ 37,3 bilhões.

A volta da CPMF ( Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) foi suscitada há poucos dias, mas logo depois descartada, devido á repercussão negativa na sociedade e entre os parlamentares. O governo esperava arrecadar R$ 85 bilhões com esse imposto, que foi suspenso em 2007.

A presidente Dilma Roussef deixou claro que essa desistência da volta da CPMF não é definitiva e que se tiver a oportunidade de colocá-la, posteriormente, para votação, isso será feito. Ela afirmou que pretende  resolver esse déficit, através de novas fontes de receitas, provenientes de novos impostos.

A prometida reforma administrativa que deve cortar 10 ministérios dos 39 existentes,  deve acontecer nos próximos dias, além de cargos comissionados. Isso foi lembrado por Dilma,  como um passo importante rumo a uma melhor organização governamental.

Em 2014, o Brasil registrou o primeiro déficit primário,  conta feita através da contabilização da receita menos despesas, sem contar os juros, no valor de R$ 32,5 bilhões, o que representa 0,63% do PIB do ano passado.

A previsão de um orçamento deficitário não é positiva para o país. No entanto, a verdade mostrada por meio de um planejamento real é melhor do que tentar maquiar as contas públicas, como muitos governantes já fizeram e ainda tentam fazer,  enganando,  quem neles depositou confiança.

Inadmissível é tentar cobrir o prejuízo, através de impostos como a terrível CPMF. A população não pode pagar pela corrupção que muitos políticos praticam e oneram a receita de nosso país. Uma nação que produz riquezas como o Brasil deveria ter folgas no orçamento e não déficits.

Os cidadãos brasileiros devem acompanhar com precisão as decisões dos parlamentares, para coibir qualquer tentativa de fazer o povo pagar por suas extravagâncias.

O mais sensato seria se os deputados e senadores diminuíssem os seus salários e benefícios,   para reduzir os gastos inúteis que cada brasileiro paga,  através de inúmeros impostos, que quase nunca são revertidos para o bem da população.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Jornalistas americanos são mortos durante realização de entrevista ao vivo na TV



                                                             Fernanda Fernandes Borges



Era uma manhã de quarta-feira, 26 de agosto de 2015, nos Estados Unidos. A repórter Alison Parker de 24 anos entrevistava VicKi Gardner e o repórter cinematográfico Adan Ward fazia as imagens que estavam sendo transmitidas ao vivo pela emissora de TV WDBJ7, afiliada da CBS News. O que era para ser um dia normal de trabalho, culminou em uma tragédia, quando Vester Lee Flanagan de 41 anos, atirou em Alison e Adan, além de atingir nas costas a entrevistada. Os jornalistas morreram na hora e VicKi foi levada a um hospital e passou por uma cirurgia.
                                                                                                      Foto: WDBJ7

Alison Parker e Adan Ward foram mortos brutalmente



A reportagem que estava sendo transmitida ao vivo, em um noticiário da TV, era sobre o aniversário da criação do reservatório Smiter Mountain Lake, área de lazer que estava próxima ao shopping Bridgewater Plaza, local do assassinato, na cidade de Moneta, no Estado da Virgínia. A entrevistada era diretora da Câmara de Comércio do local e falava sobre a importância do turismo. Pelas imagens de Adan, é possível ver os gritos de desespero das duas mulheres, a repórter e a entrevistada,  no momento em que ocorrem os tiros.
                                                                                                                Foto: WDBJ7

A entrevistada  VicKi Gardner foi baleada nas costas e passou por cirurgia


Bryce Williams era o nome artístico de Vester Lee Flanagan, o assassino do casal de jornalistas,  era também jornalista e havia sido demitido da emissora WDBJ7, há dois anos. O criminoso agiu de modo frio e ainda publicou em suas redes sociais o vídeo, feito  por ele, na hora do momento da execução dos profissionais.

Em seu twitter, o atirador contou que a repórter Alison havia feito comentários racistas e que Adan teria reclamado dele com os recursos humanos, uma única vez que chegaram a trabalhar juntos. As contas das redes sociais de Vester Lee Flanagan foram suspensas, após a identificação do responsável por tamanho terror.

A polícia perseguiu Vester que havia fugido pela rodovia interestadual e ele bateu o carro. Quando a polícia o encontrou ele estava ferido, após ter atirado em si próprio. O criminoso foi levado ao hospital, mas não sobreviveu.

Alison Parker era noiva de um apresentador da emissora e Adan Ward namorava uma produtora da emissora. Todos os colegas do canal de TV ficaram chocados com o crime e a namorada de Adan estava na TV, no momento do crime.

O diretor –geral da  WDBJ7  Jeff Marks lamentou a morte dos jornalistas e afirmou que eles eram excelentes profissionais, “as melhores pessoas”. Já sobre “Bryce Williams” ele  o definiu como um “homem infeliz” e  uma pessoa “difícil” de trabalhar. Quando ele foi demitido, se recusou a sair do prédio da TV e a polícia foi chamada.

Esse lamentável fato suscitou uma discussão sobre o controle de armas, nos Estados Unidos, já que qualquer cidadão tem acesso fácil a esses objetos. O porta-voz da Casa Branca pediu que o Congresso, rapidamente, aprove leis de controle de posse de armas. Isso também foi reivindicado pela ex-secretária de Estado Hillary Clinton que ficou extremamente comovida com as mortes.

Um crime como esse, acontecido nos Estados Unidos,  além de chocante é imprevisível e muitas vezes imaginado, apenas em filmes de terror. A facilidade de acesso ás armas pode ser responsável,  por atos tão hediondos como outros diversos que acontecem, nas terras americanas.

O atirador conhecido artisticamente como Bryce Williams possivelmente era um transtornado mental que tentou justificar sua monstruosidade com fajutas desculpas de racismo e perseguição. Possivelmente, isso era demência de um cérebro maquiavélico que precisava de tratamento e não de apoio.
               
                 

                                                                                                          Foto: Reuters

Vester Lee Flanagan morreu pouco depois de ter cometido o crime

                  
É inadmissível que dois jornalistas percam a vida, em pleno exercício da profissão.  Um crime perverso, como esse, ocorrido ao vivo, comoveu o mundo e deve servir de exemplo para que as emissoras de TV, redobrem a segurança de seus profissionais e entrevistados, para coibir novas tragédias.

Ser jornalista é acompanhar a notícia no momento em que ela acontece. Para os profissionais Alison Parker e Adan Ward, a profissão foi exercida até o último momento de suas vidas e infelizmente Adan fez a pior imagem da sua trajetória. Ao cair, já nos instantes finais de sua vida, sua câmera ainda captou a imagem do seu assassino. Uma terrível surpresa da destino, para dois jovens que desempenhavam tão bem suas funções.

domingo, 30 de agosto de 2015

Entenda como funciona o Programa de Proteção ao Emprego


                                                               Fernanda Fernandes Borges



As empresas quem vêm passando por dificuldades financeiras já podem aderir ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego), desde o dia 22 de julho, quando as regras foram publicadas no Diário Oficial da União. A presidente Dilma Roussef já havia sancionado a medida Provisória (MP) n° 680, no dia 6 de julho e a validação do programa, aguardava a aprovação do Congresso.

O Programa de Proteção ao Emprego (PPE) foi criado com o objetivo de evitar demissões. Esse tipo de programa já existe em países como Alemanha, Japão e Canadá. O PPE permite a redução de 30% das horas de trabalho, com redução proporcional do salário pago pelo patrão.

                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

O PPE foi criado com o objetivo de manter os empregos

 

O governo federal vai arcar com 50% da perda salarial por meio do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Por exemplo: se o empregado ganha R$ 2.000,00 por mês, ele tem seu salário reduzido para R$ 1.400,00, porém com a complementação do governo de 15% , o seu salário será de R$ 1.700,00. A compensação paga pelo governo não pode ultrapassar R$ 900,84.

Além de manter os empregos, o governo quer diminuir gastos com o seguro-desemprego e manter a arrecadação do INSS e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), valores que serão pagos de acordo com os novos salários.

Para as empresas a expectativa é diminuir em até 30% os custos com a folha de pagamento, reduzir despesas com contratações e demissões, além de manter uma mão de obra qualificada.

O programa vale até 31 de dezembro de 2016 e as empresas interessadas devem se inscrever até o fim do ano.  Antes de aderir ao PPE, a empresa tem que comprovar o índice de geração de empregos e esgotar primeiro a utilização do banco de horas e períodos de férias, inclusive coletivas.

 O ingresso no PPE só vai ocorrer,  se as empresas comprovarem  através de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) estar dentro de um indicador chamado Indicador Líquido de Emprego. O índice é calculado analisando a diferença entre as admissões e os desligamentos, nos últimos 12 meses, contados a partir do mês anterior ao pedido de adesão ao programa, sobre o total de funcionários da empresa. O indicador não pode ultrapassar 1% positivo.

No geral, todas as empresas que tenham demitido mais que contratado podem utilizar o programa. No entanto, de acordo com o cálculo do índice há empresas que admitiram mais e demitiram menos que também podem utilizar o PPE. Tudo depende do Indicador Líquido de Emprego.

Os empresários que utilizarem o PPE são proibidos de dispensarem arbitrariamente ou sem justa causa os funcionários com jornada reduzida, enquanto durar a inscrição no programa e após o término, durante um prazo equivalente a um terço do período de adesão.

Além disso, é necessário fazer um acordo com o sindicato dos funcionários e registrar o Acordo Coletivo de Trabalho.

  A estimativa é que o programa preserve 50 mil empregos com salários em média de R$ 2.200,00. O custo deve ser de R$112,5 milhões, em 2015. A medida foi bem aceita por representantes de empresas e dos trabalhadores.

O Programa de Proteção ao Emprego foi uma solução encontrada, pelo governo federal, para tentar diminuir o índice crescente de desemprego no país. O setor automotivo é um dos que mais dispensou este ano. Segundo dados da Anfávea ( Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), cerca de 18 mil funcionários forma demitidos ou receberam férias coletivas.

 

A manutenção do emprego é uma solução ideal para o período econômico delicado,  pelo qual o Brasil passa. A redução da jornada de trabalho também pode propiciar redução no consumo da energia elétrica, por parte de empresas e ajudá-las a colocarem as contas em dia, já que esse item é um dos que mais pesa na inflação atual.

Consciente do esforço empreendido tanto por empresários como por empregados, cabe ao governo, auxiliar agora os desempregados a tentarem uma recolocação profissional no mercado, por meio do crescimento da economia.

O PPE é uma decisão acertada que precisa ser bem utilizada para cumprir o seu objetivo principal que é a manutenção do emprego. Os trabalhadores devem se sentir prestigiados com essa medida e desempenharem com eficiência suas funções, para que possam permanecer nelas por muito tempo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Angela Merkel visita o Brasil para tratar de negócios



                  Fernanda Fernandes Borges



No dia 19 de agosto,  a chanceler alemã Angela Merkel esteve no Brasil acompanhada de 12 ministros alemães para tratar de assuntos referentes a investimentos, meio ambiente e segurança na internet. A estadia da líder europeia foi muito rápida, mas o suficiente para assinar acordos que beneficiam tanto o Brasil como a Alemanha.

As duas líderes Angela Merkel e Dilma Roussef firmaram parcerias na área do comércio e investimentos; ciência; tecnologia e inovação, além da área de educação.

O Brasil aproveitou esse breve encontro para apresentar á chanceler alemã, o plano de concessões na área de infraestrutura, com a finalidade de atrair empresas alemãs na execução das obras.

Segundo a revista Forbes, Angela Merkel é considerada a mulher mais influente do mundo e a presidente  Dilma Roussef é vista como a sétima. A Alemanha é 4ª maior economia do mundo e os alemães são os principais parceiros comerciais europeus do Brasil. Nosso país é a 7ª maior economia do mundo.
 
                                                                                                     Foto: Reprodução

Dilma Roussef e Angela Merkel lideram países de grande potencial econômico
 

De acordo com o Itamarary, o fluxo comercial entre os dois países, ente exportações e importações, chegou a 20,5 bilhões de dólares, em 2014. As empresas alemãs são aproximadamente 1500 em terras nacionais e  responsáveis por gerar 250 mil empregos.

O Brasil é também muito importante para a Alemanha, porque além dos empresários remeterem os lucros para o seu país de origem,  a nação europeia  se beneficia por meio do comércio de commodities agrícolas (produtos essenciais)  e do setor da agropecuária.

O encontro de Dilma Roussef e Angela Merkel também discutiu a mudança no clima, já que as duas nações vão participar da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a temática, em dezembro,  na capital da França.

A segurança na internet  foi outro assunto discutido nas conversas. Ambos os países se articularam na ONU, para aprovar uma resolução que garanta , maior privacidade na internet,  já que tanto Dilma como Angela foram espionadas de forma secreta pelo governo americano. A reforma do Conselho de Segurança da ONU também foi um dos temas abordados.

A visita da líder alemã ao Brasil ocorreu em um momento oportuno, no qual o país busca meios de estreitar relações com os outros países, para alavancar o crescimento da nossa economia. A Alemanha é 4° maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás de China, Estados Unidos e Argentina.

O estreitamento dos laços entre Brasil e Alemanha representa vantagens para os dois países. Com a tecnologia advinda desse país europeu, nossa nação tem chances de encontrar soluções para o aprimoramento de nossos produtos e ideias que visem um maior crescimento econômico e ideológico. A Alemanha continua se beneficiando com a importação de produtos agrícolas e agropecuários de ótima qualidade.

A discussão sobre a temática das mudanças climáticas é indispensável, já que os dois países devem preservar o meio ambiente ao expelir gases poluentes, provenientes de suas indústrias e carros. Nenhum desenvolvimento pode ser pleno, se não houver readequação do uso dos recursos naturais e respeito pela natureza.

A cultura é outro aspecto que se diversifica no contato entre Alemanha e Brasil, por meio da troca ocorrida na educação. É ótimo ter jovens brasileiros estudando no exterior e receber também estrangeiros, para evoluirmos e ensinarmos, ou seja, todos saem ganhando, por meio desses intercâmbios.

A necessidade da segurança na internet foi ressaltada e demonstrou mais uma vez que o Brasil e a Alemanha não admitem esse tipo de invasão e estão dispostos a lutar por privacidade. Essa convergência de ideias entre as nações fomentam a discussão sobre a espionagem americana, que pode ser considerada uma ação inescrupulosa e inadmissível por parte de quem passou por tamanho desrespeito.

domingo, 23 de agosto de 2015

Transporte Público em Belo Horizonte tem novo reajuste



                                        Fernanda Fernandes Borges

 


Desde o dia 8 de agosto quem utiliza os ônibus na capital mineira, está pagando mais caro. A maior parte da população passou a desembolsar R$ 3,40 por uma passagem que custava R$ 3,10.  Os ônibus circulares passaram de R$ 2,20 para R$ 2,45 e os táxis – lotação de R$ 3,40 para R$ 3,75. É o segundo reajuste em sete meses. O último aconteceu no dia 29 de dezembro de 2014.
 
                                                                                       Foto: Fernanda Fernandes Borges

As tarifas de ônibus e táxi - lotação subiram no dia 8 de agosto

 

A prefeitura de Belo Horizonte justificou o aumento atribuindo necessidade de repor perdas econômicas para as empresas que gerenciam os veículos, devido: à inflação; crise econômica; desemprego; queda no número de pagantes, dentre outros fatores.

No entanto, segundo o Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação em Belo Horizonte ficou em torno de 6,4%, nos últimos sete meses e o reajuste das passagens foi de aproximadamente 9,7%. Contabilizando com o aumento de dezembro, as passagens já ficaram 19% mais caras.

O reajuste ocorreu, porque a liminar que suspendia a elevação do preço das passagens foi cassado no dia 7 de agosto pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O aumento das tarifas de ônibus e também de táxi-lotação já estava publicado, no Diário Oficial do Município (DOM), desde o dia 31 de julho. O objetivo era que o aumento vigorasse, a partir do dia 4 de agosto.
 
                                                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges
                 

Os aumentos de dezembro e agosto contabilizam um acréscimo de  19% no preço das passagens

 

Porém, a Defensoria Pública entrou com um recurso e pediu 180 dias até que fossem verificados os custos operacionais do sistema. A prefeitura de Belo Horizonte recorreu e conseguiu que as passagens fossem reajustadas e os novos valores passaram a valer,  no último dia 8.

No dia 11 de agosto, a Defensoria Pública de Minas Gerais protocolou uma nova Ação Pública (ACP) com o pedido de liminar, suspendendo o aumento das passagens. Infelizmente, não há data para que seja julgado esse pedido de liminar. O órgão exige uma auditoria fiscal contábil e econômica nas contas do transporte público. O Ministério Público também pede uma vistoria no sistema de bilhetagem.

No dia 12 de agosto, houve um protesto contra o aumento das tarifas de ônibus na Praça Sete e terminou em um confronto entre manifestantes e a Polícia Militar. Movimentos como o Tarifa Zero e o Movimento Passe Livre BH (MPL- BH) acusaram os militares de agirem com violência.

A Polícia Militar justificou as atitudes tomadas, alegando que pediu aos manifestantes que liberassem uma via de trânsito na rua da Bahia e não teve essa solicitação atendida. Por isso, utilizaram balas de borracha, gás lacrimogênio e bombas de efeito moral para acabar com o impedimento que estava tornando o trânsito caótico.

No dia 2 de setembro, está programada uma discussão na Comissão de Direitos Humanos e Defesa do consumidor, na Câmara Municipal de Belo Horizonte. O evento vai reunir representantes da BH Trans;  Procuradoria Geral do Município; Ministério Público; OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); empresas;  sindicatos e movimentos populares.
 
                                                                          Foto: Fernanda Fernandes Borges

O reajuste será tema de debate na Câmara Municipal de Belo Horizonte

 

Infelizmente, a população novamente é explorada com um novo reajuste no transporte público. É impossível e inaceitável que tudo recaia sobre a maioria das pessoas que muito trabalha e pouco ganha para sobreviver. Agora, sair de casa para trabalhar, estudar ou passear está mais oneroso e esses R$ 0,30, em cada passagem, farão uma grande diferença no fim do mês.


               
                                                                                                      Foto: Fernanda Fernandes Borges

Quem precisa do transporte público,  além de ter que esperar,  ainda paga um valor absurdo

 
 
As justificativas para o reajuste são pífias e irresponsáveis. Mais uma vez o povo é explorado e arca com decisões de quem tem o poder, mas infelizmente não sabe usá-lo para o bem. Com certeza, quem administra e toma atitudes como essa,  nunca passou por dificuldades na vida e pensa que esse aumento não representa um impacto no cotidiano das pessoas.

As manifestações apenas são válidas se forem pacíficas e contribuírem para conscientizar as pessoas sobre a escolha nas eleições. De nada adianta atos bárbaros, porque mudanças eficazes só podem acontecer se escolhermos bons representantes, conscientes das reais necessidades de uma cidade e de sua população.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Alexis Tsipras renuncia ao cargo de Primeiro - Ministro da Grécia


                                                                                                         Fernanda Fernandes Borges



A Grécia além de passar por uma grave crise econômica, agora também enfrenta a renúncia do primeiro – ministro, Alexis Tsipras, ocorrida, ontem,  dia 20 de agosto. O enfraquecimento de seu governo, se agravou,  desde a aprovação do terceiro programa de resgaste para a Grécia, no último dia 14, no Parlamento Grego, em que 44 membros de seu partido, Syriza, votaram contra.
 
                                                                              Foto: Louisa Gouliamaki / AFP / CP

Alexis Tsipras renunciou ao cargo ontem

 

Para aprovar a ajuda europeia, Tsipras contou com o apoio da oposição. Foram 222 votos a favor, contra 64. Logo, após a aprovação no Parlamento, o Eurogrupo também aprovou o programa de resgaste financeiro para a Grécia, no valor de aproximadamente 86 bilhões de euros que serão distribuídos,  em até três anos.

Esse acordo só foi firmado, após a Grécia se comprometer com uma série de reformas austeras que incluem corte de benefícios de aposentadorias e aumento de impostos, além de outras medidas que causarão um grande impacto na vida da população grega.

No mesmo dia da renúncia de Tsipras, 20 de agosto, a Grécia recebeu a primeira parte do empréstimo, no valor de 13 bilhões de euros que permitiu pagar 3,4 bilhões de euros ao Banco Central Europeu e também o empréstimo – ponte de 7,3 bilhões de euros provenientes da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI),  dinheiro que havia sido concedido, em julho.

O objetivo de Tsipras com a renúncia é contornar a revolta dentro de seu partido e voltar a seu eleito pelo povo, para provar que a sua decisão foi a mais correta, mesmo não sendo a mais desejada. Ele próprio enfatizou,  ontem que a Grécia não conseguiu o acordo almejado, mas que o melhor possível foi feito.

O ex- primeiro – ministro também ressaltou que seu mandato que começou no dia 25 de janeiro estava esgotado e por isso era primordial que o povo julgasse se ele é o representante ideal na negociação grega com os credores internacionais e suas exigências.

As novas eleições devem acontecer em setembro. Tsipras deve se candidatar e poderá ser eleito novamente. Um governo interino chefiado por um juiz da máxima corte grega vai assumir o poder até o resultado das novas eleições.

A manobra política de Alexis Tsipras não contribui em nada para o desenvolvimento de Grécia. Apenas, piora uma situação que já está ruim. O momento não é de guerra pelo poder, mas de união em prol de uma nação que necessita de uma administração firme e menos manipuladora.

A aprovação do terceiro programa de resgate financeiro à Grécia, ainda vai acarretar muitas  discussões sobre os impactos no país, que ainda vai custear muitos juros e dívidas que parecem intermináveis. O  mais lastimável é saber, que quem vai pagar mais uma vez é a população.

Os gregos agora vão ter a oportunidade de escolher um novo primeiro – ministro. Tomara que nessa nova possibilidade, surja um líder mais coerente e responsável com suas decisões. Renunciar para depois se candidatar não é solução para uma crise financeira e muito menos para tentar ganhar popularidade,  com medidas austeras que vão fazer parte do cotidiano da Grécia, nos próximos anos.