Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

O excesso de peso é preocupante no Brasil



Fernanda Fernandes Borges



A primeira edição da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)  feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2013, foi apresentada no dia 21 de agosto deste ano e mostrou que 56,9% dos brasileiros estão com sobrepeso. O estudo visitou 81.767 casas e verificou também as condições de saúde do brasileiro.


                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

Mais da metade da população está com excesso de peso


Quem participou da entrevista teve peso, altura, circunferência da cintura e pressão arterial medidas.  Desses, 25% também retiraram amostras de sangue e coletaram urina para outros exames.

Para a mulher a cintura é considerada normal até 88 cm e para o homem até 102 cm. O que se verificou foi que 52,1% das mulheres apresentaram elevação abdominal contra 21,8% dos homens. O excesso de peso na barriga eleva os riscos de doenças cardiovasculares como infarto e derrame.

Para constatar a obesidade, o cálculo é feito através da divisão do peso, pelo quadrado da altura e mede-se o Índice de Massa Corporal, conhecido como IMC:

IMC =  Peso (KG)

      (Altura) x (Altura) (cm)


Se o resultado for igual ou acima de 25 a pessoa está com sobrepeso;

Se o resultado for igual ou maior que 30 a pessoa está obesa;


A pesquisa constatou que 20,8% da população está obesa.  Um em cada cinco brasileiros,  sofre com a obesidade.  O crescimento se mostrou maior entre as mulheres.

                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

A obesidade cresceu mais entre as mulheres


Um levantamento de 2003 mostrou que a obesidade atingia 14% das mulheres de 20 anos ou mais, já em 2013 o índice subiu para 25,2%, levando-se em conta a mesma faixa etária.

Entre os homens o crescimento foi menor. Em 2003, o índice era 9,3% e em 2013 foi para 17,5%.

Em relação ás crianças, uma triste realidade. Elas têm experimentado alimentos industrializados, cada vez mais cedo,  e em quantidades satisfatórias.

Até os dois anos 60,8% delas já comeram biscoitos, bolachas ou bolo e 32,3% já tomaram refrigerante ou suco artificial. Isso é extremamente prejudicial para a saúde e pode torná-los com excesso de peso no futuro,  porque não têm uma dieta saudável.

Os maiores riscos para quem está  acima do peso são as doenças que podem surgir em decorrência dos quilos a mais. A hipertensão, o câncer e o diabetes podem ser ocasionados, devido ao excesso de gordura no corpo.

                                                                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

Pessoas obesas enfrentam sérios problemas de saúde


Estar com o peso adequado à estatura não é uma questão de vaidade, mas sim de saúde. Ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas é indispensável para quem quer viver bem e envelhecer de modo digno.

Infelizmente, os fast-foods e os alimentos industrializados como biscoitos recheados, sucos artificiais e congelados têm atraído um número maior de consumidores que querem praticidade na hora de se alimentar e não levam  em conta a bomba relógio que estão colocando,  em seus organismos.

                                                                              Foto: Fernanda Fernandes Borges


As praças de alimentação dos shoppings estão repletas de alimentos gordurosos e pouco saudáveis



A saúde deve vir em primeiro lugar. As readequações alimentares devem ser feitas para que não nos tornemos o maior país com obesos no mundo, já que a tendência parece ser de crescimento,  para esse terrível mal que acomete milhões de pessoas no universo.

                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os bons hábitos alimentares devem ser incentivados em casa


Os pais devem ficar atentos à alimentação de seus filhos, porque os bons hábitos devem ser incentivados, nos primeiros anos de vida. É um absurdo consentir que crianças pequenas se alimentem com produtos cheios de açúcares e conservantes.

Uma pessoa obesa além de enfrentar preconceitos diariamente devido a sua forma, sofre com várias restrições em locais e também no transporte público, por não conseguir passar  por uma simples roleta.

 O mais grave são as doenças decorrentes do excesso de peso que podem levar o indivíduo à morte. É uma dura e lamentável realidade que precisa ser revertida, caso o indivíduo valorize a própria vida.

domingo, 13 de setembro de 2015

O que significa a nota BB+ para o Brasil?



                                                           Fernanda Fernandes Borges



O Brasil perdeu o selo de bom pagador. Sua nota de crédito de longo prazo em  moeda estrangeira do Brasil passou  de  BBB- para BB+ pela agência de classificação de risco Standard and Poor’s, no dia 9 de setembro. Essa instituição americana é uma das que indicam se algum país é seguro para receber investimentos ou não. Com essa nota, nossa nação perdeu o grau de investimento e passou para o grau especulativo.
                                                                               Foto: Reprodução

A Standard and Poor's  rebaixou a nota do Brasil


O grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calotes. O Brasil ainda possui grau de investimento nas agências  também americanas Fitch Ratings e Moddy’s.  Alguns fundos de pensão de países da Europa e dos Estados Unidos seguem a regra de que só se pode investir em títulos em países que estão classificados com grau de investimento, por agências internacionais.

A perda do selo de bom pagador foi justificado pela Standard and Poor’s,   devido aos desafios políticos e econômicos, pelos quais passa o país atualmente. A apresentação do Orçamento 2016 com um déficit de R$ 30,5 bilhões, foi a causa principal.

Segundo essa agência, o Orçamento 2016 demonstra que o Brasil vai gastar mais do que arrecadar e isso vai comprometer os objetivos para cumprir as metas fiscais. A Standard and Poor’s ainda sinalizou uma tendência negativa,  ou seja,  ainda pode rebaixar a nota do Brasil novamente.

Essas agências internacionais avaliam a inflação; a geração de riquezas por meio do Produto Interno Bruto (PIB);  a situação financeira do país e a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida externa por meio do superávit primário, além do cenário da nação diante da economia mundial, para dar notas.

O que pode acontecer com o Brasil com a perda do grau de investimento?

Possivelmente podem sair recursos financeiros aplicados no país, muitos investidores estrangeiros também deixarão de fazer novos investimentos, devido á nota. Isso pode acarretar crédito e juros mais caros, além da possível elevação do preço do dólar.

Também pode haver mais desempregos e grandes dificuldades para se comprar máquinas e fertilizantes para o setor agrícola, devido ao alto custo dos financiamentos.

O Ministro da Fazenda Joaquim Levy reafirmou que o Brasil tem o compromisso com o equilíbrio da economia e com as metas fiscais. O Ministro do Planejamento Nelson Mota não considerou a notícia boa, mas garantiu que o país vai honrar seus compromissos e contratos.

O Brasil conquistou o grau de investimento pelas agências internacionais Fitch Ratings e Standard and Poor’s em 2008 e em 2009 conquistou a classificação da Moody’s.

Não se pode esquecer  que a agência Standard and Poor’s  cometeu um grave erro em 2008, ao classificar com boa nota o banco americano Lehman Brothers que faliu logo depois e desencadeou a grave crise dos Estados Unidos.

 A agência foi condenada a pagar uma multa de 1,37 bilhões de dólares, este ano, ás autoridades americanas por ter se equivocado,  nas previsões da qualidade dos créditos imobiliários.

É nítido com mais uma vez,  os estrangeiros  tentam influenciar a conduta da política brasileira. A agência Standard and Poor’s,   além de credibilidade questionável, se precipitou com o rebaixamento da nota de nosso país, o que prejudica ainda mais as questões políticas e econômicas da nação.

É ridículo assistir a alguns veículos de comunicação e seus noticiários  com âncoras  despreparados que dão a notícia com os olhos arregalados e a boca aberta para tentar pronunciar o nome em inglês. Além de não dominar o idioma, são sensacionalistas e manipuladores.

Deixar uma agência internacional ditar o que pode ser investido ou não no Brasil é um absurdo. Nosso país deve ser soberano para resolver as questões políticas e econômicas sem depender de uma nota negativa, como essa divulgada.

O passado de dominação já acabou. É preciso abandonar essa mentalidade de subdesenvolvimento e focar no crescimento. Os brasileiros não devem se contaminar por essas notícias e continuarem trabalhando, firmes em seus propósitos, para acabar com esse terrorismo,  tanto do exterior,  como por parte de alguns veículos da mídia brasileira.

Lastimável ter que conviver com um tipo de jornalismo coercitivo e mesquinho como o que tem sido apresentado,  ultimamente. Cabe aos telespectadores,  buscarem se informar por meio de canais mais decentes e menos sensacionalistas.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Câmara gasta 1 milhão de reais por sessão noturna com horas extras



                                                            Fernanda Fernandes Borges



Parece mentira, mas é a dura realidade. Em Brasília, quando há sessão noturna no Plenário, cada servidor ganha R$ 400,00 por 2 horas extras. Cerca de 2.600 mil funcionários batem o ponto, mas só 500, geralmente ficam até o final.  Caso, a pessoa trabalhe mais de duas horas extras,  ela tem direito á folga, devido ao banco de horas.

Geralmente, as votações na Câmara têm início às 18 horas e seguem até o fim da noite. A carga horária dos funcionários da Câmara é de 8h ás 12h e de 14 h ás 19 h.  Desde fevereiro deste ano, já foram pagos R$ 1 milhão, em cada sessão noturna, devido ao pagamento de  horas extras a esses “dedicados trabalhadores”.

Trabalham na Câmara 4.667 servidores entre concursados e em cargos comissionados.  A Mesa Diretora estuda um modo de reduzir o pagamento desse benefício a esses exímios trabalhadores, nas sessões noturnas da Casa.

O autor desse levantamento é o deputado Beto Mansur (PRB – SP) que também deseja limitar esses pagamentos e propõe restrições tanto para os trabalhadores concursados quanto para os comissionados. Ele ressalta a necessidade de retirar o benefício de pelo menos 500 funcionários que segundo ele, são totalmente dispensáveis ao funcionamento das votações.
                                                                                                       Foto: Reprodução

Beto Mansur fez o levantamento que constatou os gastos exorbitantes com horas extras


As sessões noturnas, geralmente ocorrem ás terças e ás quartas. Se a cada semana, acontecer duas, no fim do mês, os gastos com horas extras chegam a  R$ 8 milhões.

O Presidente da Câmara, Eduardo Cunha quer reduzir em 50% os gastos com horas extras. No último dia 3, ele disse que está estudando juntamente com a Mesa Diretora, uma maneira de diminuir as despesas com o pagamento de horas excedentes, nas sessões noturnas.

Segundo Eduardo, pelo menos 80% dos servidores que recebem o pagamento, não continuam na Câmara, após ás 21 horas. O deputado considerou isso um “absurdo”.
                                                                             Foto: Marcelo Camargo / ABR

Eduardo cunha promete redução nos pagamentos das horas extras


Enquanto a maioria dos trabalhadores brasileiros ganham R$ 788,00 para sobreviver e sustentar sua família, os servidores da Câmara esbanjam nosso dinheiro, recebendo as horas extras, que nesse caso, são totalmente desnecessárias.

Por que não realizam as votações mais cedo? O ideal não é cortar de alguns funcionários, mas sim extinguir esse pagamento a qualquer um que seja, para que o trabalho aconteça no período normal e não exceda a carga horária.

É muita regalia ter o dia todo para se reunir e votar projetos e só começar a trabalhar efetivamente á noite, para tornar o processo dispendioso e pouco eficaz, já que ninguém mais está disposto a encarar o trabalho pesado, depois de passar um dia inteiro na Câmara.

O absurdo maior é a grande parte bater o ponto e não ficar até o final. Cadê a fiscalização do gasto do dinheiro público? O que esses deputados estão fazendo lá que não tomam uma atitude quanto a esse comportamento?

São perguntas, que com certeza não haverá respostas. Enquanto, o  Brasil tenta reequilibrar as contas públicas, com previsão de um déficit de R$ 30,5 bilhões para 2016, esses servidores ganham de modo fácil e nem trabalham.

Agora é o momento oportuno para os cidadãos cobrarem um mínimo de decoro dessas autoridades. Exigir que trabalhem mais e ganhem menos. Quem sabe assim, nosso país produza mais e tenha que arcar com menos despesas totalmente desnecessárias  e absurdas.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Governo apresenta orçamento para as contas públicas em 2016



                                 Fernanda Fernandes Borges



No dia 31 de agosto, o ministro da Fazenda Joaquim Levy e o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Nelson Barbosa apresentaram no Palácio do Planalto um orçamento com os gastos governamentais, para o ano que vem,  em que há um déficit de R$ 30,5 bilhões. Segundo Nelson Barbosa, o maior desafio fiscal do Brasil é controlar o orçamento dos gastos obrigatórios da União com a Previdência, a saúde e o funcionalismo público, dentre outros.

                  Foto: Fernanda Fernandes Borges


 É previsto um déficit de R$ 30,5 bilhões no orçamento de 2016




O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) projeta uma inflação de 5,4% para 2016. A inflação deve atingir a meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), apenas em 2017, de acordo com a proposta orçamentária.

É esperado que o PIB (Produto Interno Bruto) que é a soma dos bens e riquezas produzidas em um país cresça 0,2%, no ano que vem.

No mesmo dia da apresentação do Projeto de Lei do Orçamento Anual (PLOA), ele foi entregue ao presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB- AL) que considerou o resultado mais realista e menos fictício. Também foi levado até Renan,   o Plano Plurianual 2016 – 2019, que deve ser apresentado a cada início, de um novo mandato.

A presidente Dilma Roussef  enfatizou que o Governo Federal está sendo transparente ao apresentar pela primeira vez, um orçamento deficitário.

Esse planejamento agora passa por uma apreciação conjunta de deputados e senadores, através da Comissão Mista do Orçamento (CMO). Depois será votada pelo plenário do Congresso Nacional. Depois de aprovado, o texto que pode conter modificações, segue para a sanção da presidente. O orçamento deve ser aprovado até dezembro.

O governo deseja aumentar tributos e as vendas de participações acionárias, além de novas concessões para melhorar os resultados das contas públicas, previstos para 2016.

Impostos sobre smartphones, notebooks, vinhos e destilados e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) podem aumentar em até R$ 11,2 bilhões as arrecadações.

Através do processo de concessões e venda de imóveis e aperfeiçoamento e aumento da cobrança da dívida ativa da União, o governo espera receber R$ 37,3 bilhões.

A volta da CPMF ( Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) foi suscitada há poucos dias, mas logo depois descartada, devido á repercussão negativa na sociedade e entre os parlamentares. O governo esperava arrecadar R$ 85 bilhões com esse imposto, que foi suspenso em 2007.

A presidente Dilma Roussef deixou claro que essa desistência da volta da CPMF não é definitiva e que se tiver a oportunidade de colocá-la, posteriormente, para votação, isso será feito. Ela afirmou que pretende  resolver esse déficit, através de novas fontes de receitas, provenientes de novos impostos.

A prometida reforma administrativa que deve cortar 10 ministérios dos 39 existentes,  deve acontecer nos próximos dias, além de cargos comissionados. Isso foi lembrado por Dilma,  como um passo importante rumo a uma melhor organização governamental.

Em 2014, o Brasil registrou o primeiro déficit primário,  conta feita através da contabilização da receita menos despesas, sem contar os juros, no valor de R$ 32,5 bilhões, o que representa 0,63% do PIB do ano passado.

A previsão de um orçamento deficitário não é positiva para o país. No entanto, a verdade mostrada por meio de um planejamento real é melhor do que tentar maquiar as contas públicas, como muitos governantes já fizeram e ainda tentam fazer,  enganando,  quem neles depositou confiança.

Inadmissível é tentar cobrir o prejuízo, através de impostos como a terrível CPMF. A população não pode pagar pela corrupção que muitos políticos praticam e oneram a receita de nosso país. Uma nação que produz riquezas como o Brasil deveria ter folgas no orçamento e não déficits.

Os cidadãos brasileiros devem acompanhar com precisão as decisões dos parlamentares, para coibir qualquer tentativa de fazer o povo pagar por suas extravagâncias.

O mais sensato seria se os deputados e senadores diminuíssem os seus salários e benefícios,   para reduzir os gastos inúteis que cada brasileiro paga,  através de inúmeros impostos, que quase nunca são revertidos para o bem da população.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Jornalistas americanos são mortos durante realização de entrevista ao vivo na TV



                                                             Fernanda Fernandes Borges



Era uma manhã de quarta-feira, 26 de agosto de 2015, nos Estados Unidos. A repórter Alison Parker de 24 anos entrevistava VicKi Gardner e o repórter cinematográfico Adan Ward fazia as imagens que estavam sendo transmitidas ao vivo pela emissora de TV WDBJ7, afiliada da CBS News. O que era para ser um dia normal de trabalho, culminou em uma tragédia, quando Vester Lee Flanagan de 41 anos, atirou em Alison e Adan, além de atingir nas costas a entrevistada. Os jornalistas morreram na hora e VicKi foi levada a um hospital e passou por uma cirurgia.
                                                                                                      Foto: WDBJ7

Alison Parker e Adan Ward foram mortos brutalmente



A reportagem que estava sendo transmitida ao vivo, em um noticiário da TV, era sobre o aniversário da criação do reservatório Smiter Mountain Lake, área de lazer que estava próxima ao shopping Bridgewater Plaza, local do assassinato, na cidade de Moneta, no Estado da Virgínia. A entrevistada era diretora da Câmara de Comércio do local e falava sobre a importância do turismo. Pelas imagens de Adan, é possível ver os gritos de desespero das duas mulheres, a repórter e a entrevistada,  no momento em que ocorrem os tiros.
                                                                                                                Foto: WDBJ7

A entrevistada  VicKi Gardner foi baleada nas costas e passou por cirurgia


Bryce Williams era o nome artístico de Vester Lee Flanagan, o assassino do casal de jornalistas,  era também jornalista e havia sido demitido da emissora WDBJ7, há dois anos. O criminoso agiu de modo frio e ainda publicou em suas redes sociais o vídeo, feito  por ele, na hora do momento da execução dos profissionais.

Em seu twitter, o atirador contou que a repórter Alison havia feito comentários racistas e que Adan teria reclamado dele com os recursos humanos, uma única vez que chegaram a trabalhar juntos. As contas das redes sociais de Vester Lee Flanagan foram suspensas, após a identificação do responsável por tamanho terror.

A polícia perseguiu Vester que havia fugido pela rodovia interestadual e ele bateu o carro. Quando a polícia o encontrou ele estava ferido, após ter atirado em si próprio. O criminoso foi levado ao hospital, mas não sobreviveu.

Alison Parker era noiva de um apresentador da emissora e Adan Ward namorava uma produtora da emissora. Todos os colegas do canal de TV ficaram chocados com o crime e a namorada de Adan estava na TV, no momento do crime.

O diretor –geral da  WDBJ7  Jeff Marks lamentou a morte dos jornalistas e afirmou que eles eram excelentes profissionais, “as melhores pessoas”. Já sobre “Bryce Williams” ele  o definiu como um “homem infeliz” e  uma pessoa “difícil” de trabalhar. Quando ele foi demitido, se recusou a sair do prédio da TV e a polícia foi chamada.

Esse lamentável fato suscitou uma discussão sobre o controle de armas, nos Estados Unidos, já que qualquer cidadão tem acesso fácil a esses objetos. O porta-voz da Casa Branca pediu que o Congresso, rapidamente, aprove leis de controle de posse de armas. Isso também foi reivindicado pela ex-secretária de Estado Hillary Clinton que ficou extremamente comovida com as mortes.

Um crime como esse, acontecido nos Estados Unidos,  além de chocante é imprevisível e muitas vezes imaginado, apenas em filmes de terror. A facilidade de acesso ás armas pode ser responsável,  por atos tão hediondos como outros diversos que acontecem, nas terras americanas.

O atirador conhecido artisticamente como Bryce Williams possivelmente era um transtornado mental que tentou justificar sua monstruosidade com fajutas desculpas de racismo e perseguição. Possivelmente, isso era demência de um cérebro maquiavélico que precisava de tratamento e não de apoio.
               
                 

                                                                                                          Foto: Reuters

Vester Lee Flanagan morreu pouco depois de ter cometido o crime

                  
É inadmissível que dois jornalistas percam a vida, em pleno exercício da profissão.  Um crime perverso, como esse, ocorrido ao vivo, comoveu o mundo e deve servir de exemplo para que as emissoras de TV, redobrem a segurança de seus profissionais e entrevistados, para coibir novas tragédias.

Ser jornalista é acompanhar a notícia no momento em que ela acontece. Para os profissionais Alison Parker e Adan Ward, a profissão foi exercida até o último momento de suas vidas e infelizmente Adan fez a pior imagem da sua trajetória. Ao cair, já nos instantes finais de sua vida, sua câmera ainda captou a imagem do seu assassino. Uma terrível surpresa da destino, para dois jovens que desempenhavam tão bem suas funções.

domingo, 30 de agosto de 2015

Entenda como funciona o Programa de Proteção ao Emprego


                                                               Fernanda Fernandes Borges



As empresas quem vêm passando por dificuldades financeiras já podem aderir ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego), desde o dia 22 de julho, quando as regras foram publicadas no Diário Oficial da União. A presidente Dilma Roussef já havia sancionado a medida Provisória (MP) n° 680, no dia 6 de julho e a validação do programa, aguardava a aprovação do Congresso.

O Programa de Proteção ao Emprego (PPE) foi criado com o objetivo de evitar demissões. Esse tipo de programa já existe em países como Alemanha, Japão e Canadá. O PPE permite a redução de 30% das horas de trabalho, com redução proporcional do salário pago pelo patrão.

                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

O PPE foi criado com o objetivo de manter os empregos

 

O governo federal vai arcar com 50% da perda salarial por meio do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Por exemplo: se o empregado ganha R$ 2.000,00 por mês, ele tem seu salário reduzido para R$ 1.400,00, porém com a complementação do governo de 15% , o seu salário será de R$ 1.700,00. A compensação paga pelo governo não pode ultrapassar R$ 900,84.

Além de manter os empregos, o governo quer diminuir gastos com o seguro-desemprego e manter a arrecadação do INSS e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), valores que serão pagos de acordo com os novos salários.

Para as empresas a expectativa é diminuir em até 30% os custos com a folha de pagamento, reduzir despesas com contratações e demissões, além de manter uma mão de obra qualificada.

O programa vale até 31 de dezembro de 2016 e as empresas interessadas devem se inscrever até o fim do ano.  Antes de aderir ao PPE, a empresa tem que comprovar o índice de geração de empregos e esgotar primeiro a utilização do banco de horas e períodos de férias, inclusive coletivas.

 O ingresso no PPE só vai ocorrer,  se as empresas comprovarem  através de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) estar dentro de um indicador chamado Indicador Líquido de Emprego. O índice é calculado analisando a diferença entre as admissões e os desligamentos, nos últimos 12 meses, contados a partir do mês anterior ao pedido de adesão ao programa, sobre o total de funcionários da empresa. O indicador não pode ultrapassar 1% positivo.

No geral, todas as empresas que tenham demitido mais que contratado podem utilizar o programa. No entanto, de acordo com o cálculo do índice há empresas que admitiram mais e demitiram menos que também podem utilizar o PPE. Tudo depende do Indicador Líquido de Emprego.

Os empresários que utilizarem o PPE são proibidos de dispensarem arbitrariamente ou sem justa causa os funcionários com jornada reduzida, enquanto durar a inscrição no programa e após o término, durante um prazo equivalente a um terço do período de adesão.

Além disso, é necessário fazer um acordo com o sindicato dos funcionários e registrar o Acordo Coletivo de Trabalho.

  A estimativa é que o programa preserve 50 mil empregos com salários em média de R$ 2.200,00. O custo deve ser de R$112,5 milhões, em 2015. A medida foi bem aceita por representantes de empresas e dos trabalhadores.

O Programa de Proteção ao Emprego foi uma solução encontrada, pelo governo federal, para tentar diminuir o índice crescente de desemprego no país. O setor automotivo é um dos que mais dispensou este ano. Segundo dados da Anfávea ( Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), cerca de 18 mil funcionários forma demitidos ou receberam férias coletivas.

 

A manutenção do emprego é uma solução ideal para o período econômico delicado,  pelo qual o Brasil passa. A redução da jornada de trabalho também pode propiciar redução no consumo da energia elétrica, por parte de empresas e ajudá-las a colocarem as contas em dia, já que esse item é um dos que mais pesa na inflação atual.

Consciente do esforço empreendido tanto por empresários como por empregados, cabe ao governo, auxiliar agora os desempregados a tentarem uma recolocação profissional no mercado, por meio do crescimento da economia.

O PPE é uma decisão acertada que precisa ser bem utilizada para cumprir o seu objetivo principal que é a manutenção do emprego. Os trabalhadores devem se sentir prestigiados com essa medida e desempenharem com eficiência suas funções, para que possam permanecer nelas por muito tempo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Angela Merkel visita o Brasil para tratar de negócios



                  Fernanda Fernandes Borges



No dia 19 de agosto,  a chanceler alemã Angela Merkel esteve no Brasil acompanhada de 12 ministros alemães para tratar de assuntos referentes a investimentos, meio ambiente e segurança na internet. A estadia da líder europeia foi muito rápida, mas o suficiente para assinar acordos que beneficiam tanto o Brasil como a Alemanha.

As duas líderes Angela Merkel e Dilma Roussef firmaram parcerias na área do comércio e investimentos; ciência; tecnologia e inovação, além da área de educação.

O Brasil aproveitou esse breve encontro para apresentar á chanceler alemã, o plano de concessões na área de infraestrutura, com a finalidade de atrair empresas alemãs na execução das obras.

Segundo a revista Forbes, Angela Merkel é considerada a mulher mais influente do mundo e a presidente  Dilma Roussef é vista como a sétima. A Alemanha é 4ª maior economia do mundo e os alemães são os principais parceiros comerciais europeus do Brasil. Nosso país é a 7ª maior economia do mundo.
 
                                                                                                     Foto: Reprodução

Dilma Roussef e Angela Merkel lideram países de grande potencial econômico
 

De acordo com o Itamarary, o fluxo comercial entre os dois países, ente exportações e importações, chegou a 20,5 bilhões de dólares, em 2014. As empresas alemãs são aproximadamente 1500 em terras nacionais e  responsáveis por gerar 250 mil empregos.

O Brasil é também muito importante para a Alemanha, porque além dos empresários remeterem os lucros para o seu país de origem,  a nação europeia  se beneficia por meio do comércio de commodities agrícolas (produtos essenciais)  e do setor da agropecuária.

O encontro de Dilma Roussef e Angela Merkel também discutiu a mudança no clima, já que as duas nações vão participar da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a temática, em dezembro,  na capital da França.

A segurança na internet  foi outro assunto discutido nas conversas. Ambos os países se articularam na ONU, para aprovar uma resolução que garanta , maior privacidade na internet,  já que tanto Dilma como Angela foram espionadas de forma secreta pelo governo americano. A reforma do Conselho de Segurança da ONU também foi um dos temas abordados.

A visita da líder alemã ao Brasil ocorreu em um momento oportuno, no qual o país busca meios de estreitar relações com os outros países, para alavancar o crescimento da nossa economia. A Alemanha é 4° maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás de China, Estados Unidos e Argentina.

O estreitamento dos laços entre Brasil e Alemanha representa vantagens para os dois países. Com a tecnologia advinda desse país europeu, nossa nação tem chances de encontrar soluções para o aprimoramento de nossos produtos e ideias que visem um maior crescimento econômico e ideológico. A Alemanha continua se beneficiando com a importação de produtos agrícolas e agropecuários de ótima qualidade.

A discussão sobre a temática das mudanças climáticas é indispensável, já que os dois países devem preservar o meio ambiente ao expelir gases poluentes, provenientes de suas indústrias e carros. Nenhum desenvolvimento pode ser pleno, se não houver readequação do uso dos recursos naturais e respeito pela natureza.

A cultura é outro aspecto que se diversifica no contato entre Alemanha e Brasil, por meio da troca ocorrida na educação. É ótimo ter jovens brasileiros estudando no exterior e receber também estrangeiros, para evoluirmos e ensinarmos, ou seja, todos saem ganhando, por meio desses intercâmbios.

A necessidade da segurança na internet foi ressaltada e demonstrou mais uma vez que o Brasil e a Alemanha não admitem esse tipo de invasão e estão dispostos a lutar por privacidade. Essa convergência de ideias entre as nações fomentam a discussão sobre a espionagem americana, que pode ser considerada uma ação inescrupulosa e inadmissível por parte de quem passou por tamanho desrespeito.