Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Vacinação contra a Paralisia Infantil acontece até o dia 31de agosto



                                    Fernanda Fernandes Borges


A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite, popularmente conhecida como Paralisia Infantil,  começou no último dia 15 e vai até  o dia 31 deste mês. Com o lema “Você é o protetor do seu filho”, a expectativa do governo é de que 12 milhões de crianças, com idade entre seis meses a 5 anos incompletos, recebam a vacina.

Os pais devem levar o cartão de vacinação aos postos, para saber se o calendário de imunização dos filhos está em dia. Caso,  esteja faltando alguma vacina, poderá receber a dose, como a da tríplice viral que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba, destinada a crianças de 1 a 5 anos incompletos.
 
 
                                                                                        Foto: Ministério da Saúde

A vacinação é a única forma de se evitar a doença

 

A poliomielite é uma doença viral, causada pelo poliovírus que afeta os nervos e pode levar á paralisia parcial ou total. É também conhecida como paralisia infantil, porque as crianças são mais suscetíveis á contaminação. No entanto, atinge  adultos também.

A infecção pelo poliovírus é por contato direto, de pessoa a pessoa. Também ocorre por meio do muco, catarro ou fezes contaminados. Água e alimentos infectados, também podem ser meios de transmissão da doença.

Quando a poliomielite atinge o sistema nervoso, destrói os neurônios motores e provoca a paralisia nos membros inferiores. A pessoa pode morrer, caso as células nervosas que controlam os músculos respiratórios e de deglutição,  sejam contaminadas.

 

Há dois tipos de poliomielite:

 

Poliomielite Não – Paralítica: É a mais recorrente e atinge a maior parte das pessoas. Os sintomas se assemelham aos da gripe: febre; dor de cabeça; garganta inflamada; vômitos, fadiga; dor nas costas ou rigidez nos braços e nas pernas, além de fraqueza muscular e sensibilidade.

 

Poliomielite Paralítica:  É a forma mais rara da doença. Pode apresentar sintomas iniciais parecidos com a da não- paralítica.  Após uma semana ela se agrava. Há perda dos reflexos, dores musculares graves e fraqueza. Os membros ficam soltos e flácidos, em muitos casos em um lado do corpo.

 

Infelizmente a poliomielite não tem cura e a única forma de preveni-la é através da vacinação. O Brasil detectou o último caso em 1989 e hoje é considerado um país livre da doença.

Em 1994, nosso país recebeu da Opas (Organização Pan- Americana da Saúde) um certificado de Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem, juntamente com os demais países do continente americano. O resultado alcançado no Brasil se deve ao Programa Nacional de Imunização (PNI), iniciado em 1980.
 

Quase 10 países apresentaram a doença entre 2013 e 2014, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Desses, três foram endêmicos: Paquistão Nigéria e Afeganistão. Há um Planejamento Estratégico Endgame para Erradicação da Pólio (2013-2018) que tem como objetivo erradicar a doença até 2018 do planeta. O documento foi elaborado pela Iniciativa Global de Erradicação da Pólio.

A criança que nuca recebeu a vacina, não pode receber as gotinhas. Deve se vacinar primeiro com a VIP (Vacina Inativada Poliomielite). Ela também é indicada para bebês de dois meses e uma segunda dose deve ser aplicada aos 4 meses.

Quando a criança já tem seis meses deve receber uma dose da VOP (Vacina Oral Poliomielite), outra dose ao completar 15 meses e outra aos 4 anos

A vacina é contraindicada para crianças que apresentem  infecção aguda com febre acima de 38° C ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina.

O Ministério da Saúde lançou a Campanha no dia 11 de agosto e contou com a presença do personagem Zé Gotinha para incentivar o processo de imunização. Devem ser distribuídas 16 milhões de doses da vacina, durante a campanha. A vacina também está disponível, durante todo o ano, nos postos de saúde brasileiros.
 
                                                                                        Foto: Ministério da Saúde

O personagem Zé Gotinha é uma atração para a criançada

 


Os pais devem ficar atentos  ás datas e nunca se descuidarem da caderneta de vacinação dos filhos. A poliomielite é uma doença incurável e cada família deve fazer sua parte para manter esse vírus, longe das terras brasileiras.

A Campanha deve ser amplamente divulgada, para que o Ministério da Saúde cumpra a meta para 2015 e continue conservando a os bons índices de anos anteriores em que  conseguiu vacinar  mais de 95% do público alvo, sendo um exemplo para o mundo. Uma cobertura excelente.

O que se almeja é proteger as crianças e livrá-las de consequências sérias trazidas por uma doença que pode paralisá-las, de modo permanente. O amor incondicional que o pai e a mãe desprendem aos herdeiros deve ser demonstrado no zelo pela saúde, porque esse é um bem que ninguém pode comprar. A prevenção é o único caminho.

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