Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

segunda-feira, 16 de março de 2015

A leitura é essencial na formação do cidadão crítico


                                                                                             Fernanda Fernandes Borges


O hábito de ler deve ser estimulado desde cedo. Quando os pais contam as histórias infantis para os filhos dormirem, eles conseguem desenvolver a imaginação e a criatividade nas crianças. Na fase adulta, esses meninos e meninas provavelmente serão leitores mais assíduos e participativos na construção da sociedade em que vivem.

O brasileiro lê em média 4 livros por ano, chegando a completar a leitura de apenas 2,1 livros, segundo a 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo IBOPE Inteligência e encomendada pelo Instituto Pró – Livro, em 2012. Mais de cinco mil pessoas foram entrevistadas em todo país. O livro mais lido é a Bíblia.
 
 Na Espanha, as pessoas leem cerca de 10 livros por ano. Nos países sul-americanos o índice também é superior se comparado ao Brasil. Na Argentina o número de livros lidos por habitante é de 4,6 e no Chile 5,4. Em contrapartida, em nosso país 75% dos brasileiros, de acordo com o estudo apresentado, nunca frequentaram uma biblioteca.
 

                                                       Foto: Fernanda Fernandes Borges



O índice de leitura no Brasil é baixo comparado a outros países


 



Um país de extensa dimensão e repleto de riquezas naturais, como o nosso, não sabe utilizar a inteligência e o aprendizado que podem ser adquiridos por meio da leitura. Um país bem sucedido, geralmente é composto por uma população informada e que tem o hábito de ler. Desse modo, pode questionar as decisões políticas de sua nação e incentivar o desenvolvimento da cultura, essencial à formação humana.

A falta de investimento em feiras culturais, eventos literários e o baixo interesse das pessoas contribuem para esse quadro. A ineficiência de algumas escolas que deveriam ser primordiais no incentivo ao hábito da leitura, também é responsável pelo fato de muitos brasileiros preferirem o computador, a tv ao livro.

O professor não é valorizado no Brasil. O poder público não  se preocupa com a especialização desses profissionais. Assim, poucos conseguem passar para os estudantes uma bagagem literária vasta, pois além de não terem tempo para ler, pois têm que dividir seus horários  em mais de uma escola,  não são incentivados a buscar novos cursos e atualizar seus conhecimentos.
 


                                                       Foto: Fernanda Fernandes Borges



O desenvolvimento de uma nação está relacionado à intelectualidade de seus habitantes



 

 Quando o profissional da educação quer se especializar, deve pagar de seu próprio bolso, o que é praticamente impossível, devido aos baixos salários. O amor á profissão nem sempre supera a carência de recursos.

Enquanto o Brasil não dedicar atenção especial ao professor e ás escolas, é pouco provável que esse cenário se modifique. No âmbito escolar, podem ser esculpidos seres humanos perspicazes, inteligentes e inovadores. A leitura pode transformar a vida de qualquer pessoa para melhor. No entanto, é preciso investimento e determinação de nossos governantes.

A conjuntura atual requer políticos engajados e não oportunistas. Por isso, é necessário uma formação cultural sólida e um grande aprendizado para se representar a sociedade brasileira. Infelizmente, no Brasil, até quem faz palhaçada consegue se eleger.

Se quem está na vida pública mal sabe ler e escrever como pode entender os anseios da população?  É preciso rever urgentemente essa realidade, para que o Brasil não seja sempre visto como um país do futebol e do carnaval, que não é levado a sério pelos próprios representantes.
 

                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges


Pessoas que leem, geralmente são mais criativas e inovadoras




 
 
Quando se lê e abandona o hábito de receber informações moldadas por alguns veículos de comunicação, o ser humano é quem tira suas próprias conclusões. Não espera a mídia determinar o seu pensamento. Tem sabedoria para discernir a realidade do fato. O universo literário deve ser visitado sempre por quem deseja ser independente em suas opiniões e decisões.

 

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