Fernanda Fernandes Borges
Atualmente viver no Brasil é uma tarefa difícil, para não
dizer impossível. As constantes denúncias de corrupção na Petrobrás, o aumento
incessante da energia elétrica, a crise hídrica, o aumento da inflação e dos
privilégios dos políticos são uma sucessão de notícias terríveis que parecem
não acabar.
Para desanimar ainda mais, a visão do Brasil no exterior
ainda é deturpada e negativa. Nos últimos dias, o jornal britânico “Daily Mail”
afirmou que o Brasil é o 2° destino mais perigoso para as mulheres viajarem. Em
uma lista de 10 localidades mais inseguras, segundo o jornal, o país de
sobressai de modo crítico.
O veículo se justifica através de um exemplo: o estupro coletivo
de uma turista americana em frente ao namorado, dentro de uma van, no Rio de Janeiro, em 2013. Além
disso, o jornal utilizou em sua reportagem dados do Ministério da Saúde do
Brasil que mostraram um aumento de 157%
de estupros no país entre 2009 e 2012.
O “Daily Mail” também destaca além da violência contra a
mulher, a cultura machista e os assaltos à mão armada que muitos turistas
enfrentam no território brasileiro. Ou seja, mais uma vez nosso país é
severamente criticado por nações que se julgam superiores e livres de qualquer
problema social.
Foto: ReproduçãoBrasil apontado por jornal britânico como um destino turístico perigoso |
Se não bastasse esse abalo na imagem do país no exterior,
quem está aqui já não suporta pagar tantos reajustes nas contas de luz. A
agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou no último dia 27, o
reajuste de energia. Em média, no país a energia ficou 23,4% mais cara. Em
Minas Gerais, o aumento da Cemig para o consumidor residencial foi de 21,39%.
Os novos valores estão vigorando, desde o dia 1º de março.
Além disso, as Bandeiras Tarifárias passaram de R$ 3,00
para R$ 5,50 no consumo de 100KW/h. O fato do Tesouro Nacional não repassar
mais nenhum valor à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) é a causa
preponderante para tais reajustes que obrigam o consumidor a pagar uma conta
cada vez mais salgada. Outras justificativas
para os aumentos negativos são: a falta de chuvas, o uso de
termoelétricas e o uso da energia de
Itaipu que está cada vez mais onerosa.
Como sempre o povo brasileiro sofre com a falta de uma
boa gestão administrativa e um planejamento energético adequado para as necessidades
da nação. Até quando conseguiremos bancar tantos custos que poderiam ter sido
evitados?
De acordo com a conjuntura do momento, o melhor a se
fazer é se isolar em uma ilha deserta, onde as más notícias não chegariam por
falta de contato com o mundo real das informações. Entretanto, isso é apenas um
sonho distante para a maioria dos brasileiros, que já não sabem como economizar
e lidar com tanta negatividade, em uma nação que parece um “Circo Dos
Horrores”.
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