Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

sábado, 21 de novembro de 2015

As vendas devem cair no Natal 2015



Fernanda Fernandes Borges

 
Em  quase todos os lugares já é possível perceber que a data mais importante para o varejo brasileiro está próxima. O Natal chega por meio de enfeites suntuosos nos shoppings, mas a previsão de consumo aponta uma queda em relação ao ano passado, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
 
Foto: Fernanda Fernandes Borges

O Natal é a melhor data para o comércio

 

A CNC prevê um decréscimo de 4,8% nas vendas natalinas em comparação a 2014. Em 2015, a data deve movimentar R$ 31,76 bilhões. A inflação alta, a dificuldade de parcelamento devido ás elevadas taxas de juros e o preço do dólar que está bem mais caro, são as principais causas para esse pessimismo.

Em relação ás contratações temporárias é prevista uma queda de 2,9% no número de vagas oferecidas. Os hipermercados e o vestuário são os setores que mais devem empregar, nessa época,  e  representar 65,9% das oportunidades, de acordo com a CNC.

 Segundo a confederação, os comerciantes que negociam móveis e eletrodomésticos devem vender menos 17,6% no Natal 2015. Isso devido á alta taxa de juros que encarece o crédito e desamina o consumidor. O setor de livraria e papelaria também  deve vender menos 15,1%.
 
O dólar elevado influencia a venda de brinquedos,  importados e também  das roupas. No ano passado, ele estava em torno de R$ 2,65, e atualmente se aproxima dos R$ 4,00. Uma enorme diferença.
 
         
Foto: Fernanda Fernandes Borges

O dólar alto influencia a venda de vários produtos, inclusive brinquedos



Os consumidores devem procurar produtos mais baratos. No setor de perfumaria é previsto um aumento de 2,2% e no de artigos de uso pessoal e doméstico 3,1%, pois esses setores não dependem de parcelamento e são itens, em muitos casos,  indispensáveis.

O grande índice de desemprego também é uma das causas para o comércio prever um Natal de vendas ruins. Muitas pessoas que estão empregadas desejam usar o 13º salário para sair do endividamento e também se preparar para as contas do início do ano como IPTU, IPVA e material escolar, caso tenha filhos na escola.

O brilho da data mais comemorada do ano pode ser ofuscado pelas dificuldades econômicas que muitos brasileiros têm enfrentado, nos últimos tempos. O equilíbrio nas finanças é indispensável para quem deseja iniciar 2016 com a consciência tranquila.
 
                                                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

Consumidores devem gastar menos este ano

 

Não se deve ceder aos apelos consumistas de muitos locais de compras, apenas para satisfazer os filhos e outros familiares. Deve-se pensar na real situação financeira doméstica e não contrair novas dívidas.

Enquanto vários shoppings gastam milhões, tentando atrair clientes com decoração, promoções e brindes, várias famílias buscam alternativas de conter gastos e de aumentar a renda para conseguir sobreviver com dignidade.
 
                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os shoppings investem muito em decoração para atrair clientes

 

É melhor passar o Natal com menos ostentação a ficar preocupado no dia seguinte com as contas que virão em decorrência de uma possível falta de planejamento. O sentimento de amor dessa época do ano tem que ser superior ao consumismo que é superficial e desnecessário.
 

                                                                          Foto: Fernanda Fernandes Borges

O Natal deve ser celebrado pelo amor e não pelo consumismo


 
 



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