Fernanda Fernandes Borges
O Conselho
Federal de Medicina (CFM) anunciou no dia 22 de setembro de 2015, a
liberação para que mulheres com mais de 50 anos possam fazer tratamento de
inseminação artificial, sem autorização da entidade. Em 2013, o CFM publicou uma resolução recomendado
a idade limite de 50 anos para tratamentos de gravidez.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO sonho de ser mãe está presente em diversas faixas etárias |
Anteriormente, quem quisesse fazer
tratamento para engravidar e tivesse mais de 50 anos, tinha que provar que a saúde
estava em ordem e precisava submeter o pedido ao CFM, para que houvesse a liberação do procedimento.
Agora, desde que paciente e médico
assumam os riscos, as mulheres que têm mais de 50 anos podem realizar o sonho
da maternidade. A resolução vale para as
redes pública e privada. No entanto, o órgão continua defendendo a idade limite
de 50 anos para quem deseja se submeter aos procedimentos da reprodução assistida.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesMulheres com mais de 50 anos podem se submeter ao tratamento para engravidar |
Com o objetivo de evitar a venda de
gametas (óvulos e espermatozoides), o Conselho
Federal de Medicina também decidiu que apenas mulheres em tratamento para
engravidar podem doar óvulos, para outras que já não podem produzi-los. Em
troca, a doadora recebe parte do custeio do tratamento.
Os pais que têm incompatibilidade
genética também podem escolher os embriões, para evitar que a criança nasça com
problemas de saúde. A escolha do sexo é proibida.
No Brasil, o Congresso Nacional ainda não aprovou nenhuma lei sobre esse tema e
por isso, as resoluções do Conselho
Federal de Medicina são as únicas normas vigentes no país.
Segundo alguns especialistas, uma mulher
com 40 anos têm apenas 5% de chances de engravidar naturalmente. Já com o
processo de fertilização in vitro, a possibilidade sobe para 20%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o número
de gravidez entre os 40 e os 44 anos, cresceu quase 18%, nos últimos 10 anos.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO número de mulheres que decidem ser mães mais tarde, aumentou nos últimos anos |
Os maiores riscos de uma gravidez tardia
são para a saúde da mãe que pode desenvolver diabetes gestacional e pressão
alta. Uma mulher de 50 anos têm 60% mais probabilidade de ter um bebê
prematuro, com menos de um quilo.
Por isso, a mulher que sonha em ser mãe
com idade mais avançada deve ter um grande cuidado com a saúde. Ter uma
alimentação balanceada, fazer atividades físicas e ter um acompanhamento com o
ginecologista são dicas que alguns especialistas dão, para manter o organismo
saudável e preparado para uma possível gravidez tardia.
O Conselho
Feral de Medicina estima que há 106 clínicas de reprodução assistida no
Brasil. No ano passado, elas foram responsáveis por mais de 60 mil
transferências de embriões.
A nova resolução do CFM foi oportuna e deixa a critério da mulher e do médico julgar, se
o tratamento para engravidar é adequado ou não. O sonho de ser mãe, muitas
vezes é adiado, pelo fato da mulher dá prioridade á vida profissional e se
esquecer da pessoal.
É um absurdo que o órgão, anteriormente,
tivesse a autoridade de determinar a
idade limite, para a mulher realizar o tratamento de reprodução assistida. É óbvio que existem riscos para a saúde
do bebê e da gestante, mas somente a mulher é quem pode decidir se quer enfrentá-los
ou abandonar o objetivo de ser mãe.
As mulheres estão se adequando á vida
contemporânea e o sonho da longevidade despertam nelas a esperança de serem
mães mais tarde. Quando a natureza, restringe essa possibilidade, elas buscam
os tratamentos médicos e por isso devem ser bem orientadas e acolhidas.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesHá mulheres que se dedicam muito ao trabalho e deixam a maternidade para o segundo plano |
Com certeza, a nova resolução do Conselho Federal de Medicina vai fazer muitas mulheres perseguirem e realizarem o desejo de serem mães. Desde que, estejam com a saúde apropriada, não deve haver limites
para tornar esse sonho uma realidade familiar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário